Acessibilidade é compromisso da Elysium em seus projetos de restauro - Elysium Sociedade Cultural

Ao longo dos 35 anos de atuação, a Elysium Sociedade Cultural se consolidou como uma entidade promotora de cultura nas mais diversas expressões. Desde 2009, a instituição vem se dedicando intensamente à preservação e restauração de edifícios tombados, assumindo como compromisso tornar esses espaços acessíveis a todos. Esse compromisso não só preserva a nossa herança cultural, mas também promove a inclusão social, garantindo que todos possam desfrutar do patrimônio histórico.

Conduzir projetos com foco em atender as necessidades de acessibilidade em prédios históricos é um desafio significativo. A resistência muitas vezes surge do medo de comprometer a integridade histórica dos edifícios. No entanto, a acessibilidade é essencial para que os 18,6 milhões de brasileiros com deficiência possam participar plenamente da vida social. A abordagem contemporânea na restauração valoriza a funcionalidade, permitindo a inserção da acessibilidade sem prejudicar a integridade histórica do patrimônio.

Hoje, no Brasil, a normativa NBR 9050 estabelece critérios e parâmetros técnicos para a construção, instalação e adaptação de edificações urbanas e rurais, assegurando condições de acessibilidade. Além disso, a Lei Nº 10.098 reforça que a acessibilidade é um direito de todos, exigindo que os estabelecimentos, sejam públicos ou privados, físicos ou digitais, sejam acessíveis para pessoas com deficiência. Este marco legal é fundamental para assegurar que cada indivíduo tenha igual acesso aos espaços e serviços.

A aplicabilidade da norma NBR 9050 em estruturas antigas muitas vezes exige modificações significativas, encontrando desafios nas regras de tombamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Essas regras visam proteger o patrimônio histórico, permitindo adaptações apenas quando não comprometem a integridade histórica. Desta forma, é preciso equilibrar as necessidades de preservação e acessibilidade.

Outro ponto importante é a sinalização acessível, como placas em braille e alto contraste. Os profissionais responsáveis pelo projeto devem sempre utilizar materiais que harmonizam com a estética histórica. Pisos táteis feitos de borracha ou revestimentos específicos, por exemplo, também costumam ser utilizados para garantir o acesso de diferentes públicos, sem deixar de respeitar e preservar a história do patrimônio.

Para inclusão nesses espaços, diversas soluções, aliadas a recursos tecnológicos, são empregadas, como impressões em 3D, painéis visuais, audioguias, vídeos legendados e visitas guiadas com intérpretes de língua de sinais, que permitem não só o acesso pleno, mas a vivência de experiências para pessoas com deficiência.

Nos projetos da Elysium, como o restauro do Jockey Club de São Paulo e do Palacete Tira-Chapéu, em Salvador, os profissionais utilizaram técnicas e materiais que respeitam e complementam a arquitetura original, minimizando os impactos visuais. Para a direção da instituição, a acessibilidade em prédios históricos promove a inclusão social e permite que mais pessoas desfrutem de nossa herança cultural. Esses espaços acessíveis têm um impacto direto na educação, permitindo que escolas e instituições educacionais incluam visitas em seus currículos. Além disso, promovem um sentimento de pertencimento na comunidade local, atraindo mais visitantes e enriquecendo a sociedade como um todo.

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