Elysium dá início a restauro do mobiliário do Jockey Club de São Paulo - Elysium Sociedade Cultural

Conjunto hípico mais imponente do Brasil, o Jockey Club de São Paulo (JCSP) passa por uma nova etapa de trabalho de restauro, que contempla o mobiliário do espaço. Mesas, poltronas, cadeiras, lustres, luminárias, aparadores e outras mobílias que ficaram por meses guardadas em um galpão, agora passam a recuperar suas cores e formatos. Alguns dos móveis são centenários e outros, mais novos, foram desenhados exclusivamente para o Jockey. Alguns assinados, inclusive, pelo próprio arquiteto do espaço, Henri Sajous, com toda sofisticação que lhe rendeu fama.

 

O restauro dos mais de 200 itens que compõem o cenário do JCSP deve seguir pelos próximos seis meses. Cada mobília será analisada pela equipe que trabalhará com o material. É o que afirmam Giulyane Nogueira, diretora executiva da Elysium Sociedade Cultural, e Anabella Borghi, produtora cultural da organização social responsável pelo restauro.

 

O trabalho minucioso é necessário não somente pelos anos que os móveis ficaram guardados e sem utilização, mas se deve, sobretudo, por causa da exclusividade. É que cadeiras, poltronas, lustres e aparadores, por exemplo, foram bens desenhados unicamente para o Jockey. No mercado não são encontrados elementos que sequer sejam compatíveis com estofados, por exemplo, dificultando, assim, uma agilidade na execução dos trabalhos.

 

Esse cenário ajuda a explicar também a morosidade a que esta fase do restauro estará sujeita. “O grande desafio é que o que dá para ser restaurado, será restaurado, mas nem todos os itens terão sinal verde. Cada item está em um estágio de conservação diferente. Há peças muito antigas, centenárias, e todas elas estão sujeitas aos órgãos de tombamento, o que torna o processo lento, pois devem passar por uma análise”, explica Anabella. “Importante dizer também que os móveis que não forem restaurados, também não serão descartados”, pondera.

 

As obras já estão sendo tocadas dentro da própria sede do Jockey Club de São Paulo, em Cidade Jardim, e também em outros dois espaços, sendo um em Minas Gerais e o outro em São Paulo.

 

Como num corpo humano, que não pode se submeter a inúmeras intervenções cirúrgicas de uma só vez, o Jockey opera da mesma forma. Ele avança a cada dia, de maneira fatiada, ou seja, cada parte em obras está em uma fase diferente. A expectativa da Elysium Sociedade Cultural é de ainda neste ano dar segmento a mais etapas, mas tudo depende de como será o avanço das fases em andamento.

 

Por Gabriel Neves – Jornal A Redação

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