O Museu de Ciências da Terra – MCTer, situado no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, em breve passará por uma transformação significativa. A Elysium Sociedade Cultural tem a honra de anunciar o projeto de requalificação do Salão de Rochas e Minerais, uma iniciativa que visa não apenas a revisão do mobiliário expositivo existente, mas também uma série de ações voltadas para a preservação e valorização do rico acervo ali presente.
Robson de Almeida, diretor institucional da Elysium, enfatiza a importância do projeto, que está aberto para captação de recursos pela Lei Rouanet. “Este é um passo significativo na nossa missão de promover o acesso à cultura e ao conhecimento, e estamos em busca de parceiros que estejam prontos para investir na requalificação do Salão de Rochas e Minerais do MCTer”.
O diretor afirma que o projeto não só garantirá a conservação adequada desse excepcional patrimônio geológico, mas também proporcionará experiências enriquecedoras para todos os visitantes do museu, que tem um dos acervos mais ricos da América Latina, e é constituído por coleções de minerais, meteoritos, rochas, fósseis e documentos únicos relacionados à memória geológica.
“Com mais de 20 mil itens, o acervo do MCTer é um tesouro inestimável. A requalificação planejada inclui ações abrangentes, desde a identificação e catalogação cuidadosa das peças até a revitalização do espaço expositivo, com a implementação de uma nova expografia e a introdução de equipamentos interativos para envolver e sensibilizar o público de forma ainda mais profunda”, afirma Robson.
Entre as diversas ações do projeto, destacam-se a organização do inventário das peças do acervo, a implantação de áreas de reserva técnica, a elaboração de catálogos detalhados das coleções e a oferta de visitas guiadas e atividades educativas para escolas públicas. Além disso, o projeto prevê a capacitação de guias e a oferta de vagas de estágio, proporcionando oportunidades de formação e inserção no mercado de trabalho para jovens interessados nas áreas relacionadas à museologia e conservação patrimonial.
O diretor ressalta ainda a contrapartida social que envolve o trabalho de requalificação do MCTer. “Esse é um aspecto fundamental para nós, Elysium. Acreditamos no poder transformador da cultura e da educação, e, por isso, estamos comprometidos em oferecer oportunidades de aprendizado e crescimento, por meio de iniciativas como cursos de capacitação, vagas de estágio e eventos culturais sem qualquer custo para a comunidade”.
Sobre o museu
Criado em 1907, o Museu de Ciências da Terra – MCTer está situado no bairro da Urca, a poucos metros do Pão de Açúcar, importante corredor cultural e turístico da cidade do Rio de Janeiro, em um imponente prédio de estilo neoclássico tardio, tombado pelo Iphan. A gestão administrativa e operacional do Museu de Ciências da Terra é de responsabilidade do Serviço Geológico do Brasil – CPRM, empresa pública federal do Ministério de Minas e Energia.
O acervo do MCTer conta com mais de 10 mil amostras de minerais (brasileiros e estrangeiros) e de meteoritos, além de 12 mil rochas e 35 mil fósseis catalogados. Sua biblioteca contém em torno de 100 mil volumes de publicações relacionadas à área de geociências, além de uma biblioteca infantil. Nestes espaços são desenvolvidas oficinas e atividades educativas e culturais, proporcionando interação e entretenimento para o público.
A história institucional do museu se entrelaça com o esforço para institucionalizar a ciência no Brasil e a construção da história das geociências no país, marcada pelas contribuições do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil, pelo conhecimento produzido pelo Departamento Nacional da Produção Mineral – DNPM (atual Agência Nacional de Mineração, que hoje se consagra como fiscalizadora das riquezas geológicas do país) e pelas competências de seu atual gestor: o Serviço Geológico do Brasil – CPRM.
Fotos: David Bank e Arquivo MCTer