No dia 17 de agosto, o Brasil celebra o Dia Nacional do Patrimônio Cultural, uma data de grande relevância para a valorização da herança histórica e artística do país. Esta comemoração foi estabelecida em 1998, em homenagem ao centenário de nascimento de Rodrigo Melo Franco de Andrade, uma figura central na preservação do patrimônio cultural brasileiro. Como fundador do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan) em 1937, hoje conhecido como Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Rodrigo Andrade desempenhou um papel crucial na defesa e conservação dos tesouros culturais do Brasil.
O conceito de Patrimônio Cultural abrange uma ampla gama de bens, desde monumentos históricos e sítios arqueológicos até tradições, saberes e práticas culturais transmitidas de geração em geração. O Iphan, órgão responsável pela proteção desses bens, classifica o patrimônio em quatro categorias principais: material, imaterial, arqueológico e mundial. Cada uma dessas categorias possui características distintas e representa diferentes aspectos da identidade e memória coletiva de um povo.
No estado de Goiás, o Iphan tem desempenhado um papel fundamental na proteção e valorização de diversos patrimônios culturais, tanto materiais quanto imateriais. Entre os principais exemplos de patrimônios materiais tombados em Goiás, destacam-se importantes monumentos e edifícios históricos, como a Torre do Relógio e o Coreto da Praça Cívica, além de palácios como o Palácio das Esmeraldas e o Palácio Conde dos Arcos, antigo Palácio dos Governadores, que hoje funciona como museu. Esses bens são testemunhos palpáveis da rica história e cultura goiana.
Além dos bens materiais, Goiás também preserva um valioso patrimônio imaterial, que inclui tradições e festividades profundamente enraizadas na cultura local. Entre os principais inventários de patrimônio imaterial realizados no estado, destacam-se a Festa do Divino de Pirenópolis, as festas do Rosário e Congadas, e a Festa da Caçada da Rainha em Colinas do Sul. Esses eventos são expressões vivas da fé, da devoção e da identidade cultural das comunidades goianas, e sua preservação é essencial para a continuidade dessas tradições.
A cidade de Goiás, antiga capital do estado e um dos exemplos mais emblemáticos de patrimônio cultural na região, é reconhecida tanto nacional quanto internacionalmente. O Centro Histórico da Cidade de Goiás foi inscrito na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco, consolidando sua importância não apenas para os goianos, mas para toda a humanidade. Outro destaque é o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, que integra a lista do Patrimônio Mundial Natural, devido à sua biodiversidade e belezas naturais excepcionais.
Celebrar o Dia do Patrimônio Cultural é, portanto, uma oportunidade para refletir sobre a importância de preservar e valorizar esses bens que compõem a identidade de nosso país. Em Goiás, o compromisso com a proteção do patrimônio cultural é evidente, e a divulgação dessas riquezas é fundamental para que mais pessoas possam conhecer, valorizar e, principalmente, preservar esse legado para as futuras gerações. Compartilhar o conhecimento sobre os patrimônios culturais goianos é um passo essencial para garantir que essas heranças continuem a enriquecer nossa cultura e identidade por muitos anos.
Foto: Flávio Isaac